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Edição Nº 32 - 10/07/2009
NÚCLEO RS
GEORS reuniu 400 profissionais e estudantes de engenharia

Durante os três primeiros dias de junho, a cidade de Pelotas (RS) sediou a quinta edição do Seminário de Engenharia Geotécnica do Rio Grande do Sul. Com um número recorde de 400 participantes, o GEORS 2009 reuniu representantes de diversas regiões do estado e contou com a participação massiva de estudantes de engenharia, o que marcou positivamente o encontro. “A presença de quase 200 jovens em um evento regional deixa claro que o Rio Grande do Sul é o principal pólo da engenharia geotécnica brasileira”, sustenta Sandro Sandroni, engenheiro civil especializado em obras da terra e diretor da Geoprojetos Consultoria. Filiado ao Núcleo Regional São Paulo, Sandroni fez a palestra de abertura do GEORS.

A participação dos jovens foi, segundo Cezar Bastos, coordenador do Comitê Técnico-Científico do evento, consequência da forte interação da ABMS com a comunidade geotécnica do estado. “O GEORS foi um sucesso. Devemos isso à unidade construída no Rio Grande pela ABMS”, afirma Bastos. “Os associados estão presentes em muitas universidades – o que nos possibilita alcançar geotécnicos de todas as principais regiões”. Na foto abaixo, parte do auditório formado, majoritariamente, por jovens engenheiros e estudantes de engenharia.

A apresentação de Sandroni marcou a abertura do evento, que ocorreu entre os dias 1 e 3 de junho. “O interesse demonstrado pelos jovens, que lançaram perguntas relevantes durante e depois da apresentação, só confirma a posição de destaque ocupada pelo estado no que diz respeito à formação e ao aperfeiçoamento de profissionais”, acredita Sandroni.

O tema da primeira palestra tratou das novidades da área da engenharia voltada para solos moles. Assuntos como coluna encamisada e sistema stabtec – tratamento de massa do solo mole por cimento – foram abordados pelo geotécnico que dividiu a abertura com Fernando Schnaid, Secretário Geral da ABMS, e Luis Guilherme de Mello, engenheiro geotécnico e diretor da Vecttor projetos.

A palestra de Mello tratou do polêmico tema “rupturas geotécnicas”. A partir do uso de uma sequência de fotografias, Mello explicou o caso da ruptura da barragem da hidrelétrica de Itapebi, no estado da Bahia. “Era para ser um evento local, regional, mas reuniu profissionais de renome de todo o país, marcando a dinâmica de interação que o estado promove”, lembra Mello. “A presença dos jovens apenas confirmou que se trata de uma região que valoriza a prática de ouvir e compartilhar experiências”. Na foto, da esquerda para a direita, Celso Pedreira, presidente da organização do evento e os três palestrantes da abertura - Fernando Schnaid, Sandro Sandroni e Luiz Guilherme de Mello.

A participação dos jovens foi, segundo Cezar Bastos, coordenador do Comitê Técnico-Científico, consequência da interação existente entre as comunidades técnicas das diversas cidades do Rio Grande. “O GEORS tem sido bem sucedido em função da unidade que o estado alcançou graças à ABMS”, defende Cezar. “Com membros da ABMS espalhados por diversas universidades, o congresso chega a regiões distantes da capital e da sede do evento, atraindo participantes interessados em discutir geotecnia”. A edição de 2009 recebeu cerca de 100 inscritos vindos de Passo Fundo, cidade distante 500 Km de Pelotas, sede do evento.

PATROCINADORES

Além de jovens e estudantes de engenharia, Cezar Bastos (à dir.) destaca a participação significativa do meio profissional. Prestadores de serviços, consultores e contratantes dividiram espaço na platéia e também no palco do evento. Técnicos de empresas como a Petrobrás apresentaram novas tecnologias. “Patrocinadores são imprescindíveis e podem contribuir, inclusive, como palestrantes”, lembra o coordenador. “Não se trata de apresentação de produtos, mas de verdadeiras explicações sobre o processo tecnológico”.

O V GEORS recebeu a inscrição de 47 artigos. Doze deles foram apresentados oralmente durante as seis sessões do evento. Além da abertura, com três consultores de nível nacional – Sandro Sandroni, Fernando Schnaid e Luiz Guilherme de Mello, Bastos destacou duas palestras em especial, que trataram de duas grandes obras da região – a Ampliação dos Molhes da Barra de Porto de Rio Grande e Obras do Estaleiro Rio Grande.

“O grande número de obras geotécnicas do Rio Grande do Sul foi um dos fatores que contribuíram para o sucesso do evento. Pudemos detalhar duas delas além de promover visitas técnicas às principais obras da cidade vizinha, Rio Grande”, afirma Cezar.

O último dia do evento ficou reservado para as visitas técnicas. Cerca de 200 participantes se dividiram entre os três destinos possíveis na cidade de Rio Grande – Dique Seco de Rio Grande, Aterro Sanitário de Rio Grande e Ampliação dos Molhes da Barra do Porto de Rio Grande. Na foto, participantes visitam as obras de ampliação dos Molhes da Barra do Porto de Rio Grande.

 

A e-ABMS é a revista eletrônica da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica
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Repórter: Graziele Storani e Renata Tomoyose